O Brasil está no top 5 de produtores de leite do mundo segundo os relatórios da FAO (Organização para Alimentos e Agricultura da ONU), o que é fácil entender levando em conta o forte componente agropecuário da economia nacional ainda hoje, entrando na terceira década do século XXI.
Acontece que um dos subprodutos do leite é justamente o soro proteico obtido do alimento, e que se transformou no Whey. O Whey é a forma de suplemento mais popular no mundo inteiro, e cujo mercado consumidor e produtor não para de crescer. Assim sendo, nada mais natural do que ver empresas especializadas em leite entrando também nesse ramo de negócios.
O Brasil está atrás dos gigantes Estados Unidos, Índia e União Europeia na produção láctea, e é justamente o capital norte-americano quem domina a oferta de produtos suplementares hoje em dia. As empresas brasileiras, porém, estão crescendo rápido no ramo, apostando em produtos diferenciados, que saem do padrão dos tradicionais pós proteicos ofertados pelas empresas dos EUA.
Assim sendo, vale a pena dar uma olhada em alguns produtos nacionais, tanto em forma de shake quanto em pó, para tentar analisar e entender qual é a melhor opção para cada metabolismo, cada necessidade e cada objetivo em relação à Whey Protein.
Review: Whey Fort Isolado e Concentrado, da Vitafor
A Vitafor é uma empresa brasileira que consta entre as líderes de mercado em suplementos alimentares. Não é uma marca de atuação multimercado, sendo que seu foco são apenas as proteínas e alguns outros produtos relacionados a saúde e bem-estar, como colágenos, probióticos e afins.
Um dos produtos de maior vendagem da marca é seu Whey Fort, um combinado de proteínas isoladas e concentradas (WPI e WPC) no mesmo produto, isto é, um composto rico tanto em proteínas (80% do produto) quanto em glutamina e BCAAs.
Logo de cara, chama a atenção não apenas por essa característica de múltiplas funções, mas também pelo preço reduzido – afinal, estamos falando de uma marca que produz no interior de São Paulo, e por isso não vê seu produto final encarecido pela oscilação cambial e pelas taxas de importação, às quais os concorrentes estadunidenses têm que se submeter.
A composição do produto é livre de glúten e de lactose, sendo que uma porção-padrão de 31g contém 24g de proteínas, 55mg de sódio e 124mg de cálcio, além de um total de 2,2g de carboidratos e 2,3g de gorduras totais.
O Whey Fort da Vitafor está disponível nos tamanhos 900g e 1,8kg e pode ser adquirido nos sabores chocolate, baunilha, frutas vermelhas, abacaxi e banana, sendo que a sugestão de consumo do pó proteico é a dissolução de uma porção (31g) em aproximadamente 300ml de água ou suco.
Review: Whey Protein da Shefa
A Shefa é uma entre as várias marcas de leite no Brasil, mas é uma das primeiras a lançar uma linha especializada de Whey para seus consumidores.
A produtora brasileira entra no mercado de suplementos com uma linha simples de produtos num primeiro momento, mas que tem potencial para se estabelecer com firmeza entre os consumidores, até pelo peso que seu nome já carrega.
Os produtos oferecidos pela Shefa atualmente são três variedades de uma Whey Protein concentrada, feitas à base de soro de leite. O concentrado proteico está disponível em três sabores distintos: doce de leite, baunilha e chocolate. Todos os produtos estão na forma de shake, com tamanho único de 250ml.
Sobre a composição em si, que é o que mais interessa, naturalmente: o Whey Protein da Shefa apresenta 10g de proteínas em sua porção básica de 100ml, isto é, 25g a cada 250ml, que é o conteúdo total da embalagem – um valor dentro da média do segmento.
Além do valor proteico, é interessante ficar de olho no que o produto tem de BCAAs – no caso, 2g por porção de 100ml (5g na embalagem de 250ml). Fora isso, alguns componentes interessantes incluem 1,6g de fibra alimentar, 132mg de sódio e 118mg de cálcio – tudo isso por porção, bem notado.
Como ponto negativo, o produto da Shefa não é considerado “zero”, já que soma 2,4g de glicose na sua composição, algo em que os interessados em controle de ingestão de açúcares precisam ficar de olho.
No fim das contas, o concentrado de 48% Whey Protein e 52% Caseína (proteína de leite) da Shefa pode ser uma boa opção para quem está procurando por custo-benefício no mercado nacional. Mas o ideal é ficar de olho na tabela nutricional e consultar um profissional antes de adicioná-lo à dieta.
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Saber o tipo de produto certo
O mercado de whey protein não é tão simples quanto pode parecer para quem nunca utilizou um dos produtos. Considerando a quantidade de variações, a origem da proteína, a forma final do produto e as características de cada um, a possibilidade de confusão e indecisão crescem.
É preciso, antes de mais nada, entender que existem três tipos básicos de whey: concentrados, isolados e hidrolisados. Basicamente, a diferença entre eles está na cadeia de proteínas.
A isolada é considerada a mais completa de todas, por ser livre de colesterol, gorduras e hidratos de carbono, entre outros componentes. A concentrada é ideal para quem está atrás de ganho de massa muscular, uma vez que contém um volume maior de gordura e lactose. A hidrolisada, por fim, é processada de maneira que sua absorção pelo sistema digestivo seja o mais suave e rápido possível. É especialmente pensada para evitar reações alérgicas e para atletas que fazem várias sessões de treino diário, com digestão simplificada.
Agora, o que deve ficar claro é que não cabe apenas ao atleta saber qual tipo melhor funciona para si. O ideal é contar com o acompanhamento profissional desde o primeiro momento. Assim, é possível ter certeza de que o produto consumido é o ideal não só para o objetivo pensado pelo consumidor, mas também para as necessidades físicas e metabólicas do seu tipo biofísico.
Um nutricionista ou nutrólogo são profissionais essenciais a serem consultados tanto antes do início quanto durante a rotina de treinos e sua evolução, de modo que haja acompanhamento dos resultados conforme eles vão sendo obtidos, adaptando as necessidades ao consumo de determinados produtos Whey.